Nomes em Inglês: a Influência Francesa e a Espanhola
Os colonos americanos tiveram que dar asas à imaginação para inventar nomes para novas localidades à medida que conquistavam novos territórios. Um processo bastante usado foi o de tomar nomes que já existiam e dar-lhes uma nova roupagem como, por exemplo, nomes que os franceses deixaram em dezenas de lugares no território de Louisiana , mas tarde vendido aos americanos.
Muitos desses nomes continuam intactos ou sobrevivem com ligeiras alterações para caber melhor no idioma inglês . É o caso de Chicago , Des Moines , Wisconsin , Peoria , Missouri , Omaha , Kansas , Iowa e Arkansas , entre outros. A maior parte deles já eram adaptações derivadas de nomes indígenas com sotaque francês. O nome do rio Mesconsing , por exemplo, foi alterado várias vezes na época francesa até chegar a ser Ouisconsing . Aí chegou o inglês e deu o toque final – o rio virou Wisconsin , que também se tornou o nome do estado. O processo se repetiu com o nome do estado de Iowa . Na língua indígena o nome da região era Ouaouiatonon , que os franceses acharam terrivelmente cansativo e abreviaram para Ouaouia . Com a chegada dos colonos de língua inglesa o nome foi novamente alterado e assim surgiu Iowa (leia-se /ái-oua/ e não /ai-ôua/ ).
Alguns desses lugares ganharam nomes cujos significados na língua indígena eram desconhecidos pelos europeus. Chicago , por exemplo, foi adotado pelos franceses baseado numa palavra significando “lugar fedorento”, “toca de gambá”, ou, como dizem alguns, “este lugar fede a cebolas”. O nome passou pelas transformações mais divertidas até chegar ao que é hoje – de Schuerkaigo passou por Shikkago , Tscikakko , Shecago , Shakakko e muitos outros até finalmente virar Chicago . (Note que a pronúncia ainda hoje mantém o CH francês, e não o TCH do inglês).
Frequentemente, os colonos deixavam o nome intacto, mas distorciam a pronúncia. Detroit é obviamente uma palavra francesa, mas não é pronunciada /detrruá/ . O mesmo acontece com Illinois (pronuncia-se /Ilinoi/ , sem o S, em vez do francês /Ilinuá/ ). Já com nomes menos conhecidos, o desgoverno na pronúncia é total: a cidade de De Blieux descamba para /dá-bliú , Fortier dá uma escorregada e sai /forchi/ , enquanto Breazale , por incrível que pareça, tem o som de… /brazil/ . (George R. Stewart, Names on the Land, 1945, p. 64).
Os espanhóis, embora não tão ativos quanto os franceses, também deixaram as suas marcas, especialmente na região sul que vai da Flórida até a Califórnia. Ainda hoje existem centenas de lugares com nomes de origem espanhola, inclusive o nome mais antigo dado por europeus na América do Norte – Flórida (originalmente Pascua Florida ), atribuído por Juan Ponce de León no domingo de Páscoa de 1513.
Alguns desses nomes eram complicados demais, o que obrigou os colonos de língua inglesa a fazer uma poda geral. Foi o caso do nome El Pueblo de Nuestra Señora la Reina de los Angeles del Rio Porciúncula . Outra cidade, desta vez no estado de New México, começou com o nome de La Villa Real de la Santa Fé de San Francisco . É possível, talvez até bem provável, que os habitantes espanhóis não usassem os nomes completos, mas para o colono de fala inglesa não havia alternativa: era cortar ou cortar. E foi assim que essas cidades viraram simplesmente Los Angeles e Santa Fé .
As idiossincrasias na escolha de nomes não cessaram por ali, como veremos mais tarde. (Contato com o autor: John D. Godinho – [email protected] )
O texto acima faz parte do livro Once Upon a Time um Inglês… A história, os truques e os tiques do idioma mais falado do planeta
escrito por John D. Godinho
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